sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Meu projeto de pesquisa.

Durante a construção do blog me foram surgindo várias idéias para desenvolver meu trabalho de pesquisa,o que mais me chamou a atenção foi o fato de nós nikkeis não conhecermos a nossa própria cultura e muitas vezes ter vergonha de ser chamado de brasileiro.Como desenvolver um diálogo com esse povo de cultura milenar se desconhecemos a nossa própria origem e aqui com a vida corrida que levamos vamos nos esquecendo do pouco que trazemos em nossa memória.As crianças que aqui nasceram pouco conhecem sobre o brasil,não tem referências claras da cultura de seus pais e avós,muitos nem conheceram ainda seus familiares no brasil,pois nunca retornaram .Em meio a essas questões as criasças vão crescendo e aprendendo sobre o brasil apenas o que lhes é ensinado nas escolas brasileiras ou em livros que relatam algo sobre o brasil ou ainda pela televisão que passa a imagem de um país,onde o povo gosta de festas,onde existe a maior reserva ambiental do planeta,e lá se vive driblando a crise.....Não comentam que o Brasil é uma nação multicultural onde lá várias nacionalidades e muitas histótias para serem contadas.
Por essa razão pretendo desenvolver meu trabalho contando histórias para os pequenos,através das nossas lendas e mitos,explorando as regiões e suas diferenças culturais.
Já tenho um local para iniciar o desenvolvimento do meu projeto,será no NIC de Nagoya http://www.nic-nagoya.or.jp ,lá terei uma vez por mês para contar as histórias (o quarto domingo)e não é só para brasileiros e latinos, há criança filipinas,japonesas,indonésianas,coreanas,chinesas e de várias nacionalidades.O convite partiu após a visita que fiz ao centro para coletar dados sobre as comunidades estrangeiras.A coordenadora do setor cultural achou interessante contar histórias com o uso de material didático e com dinâmicas durante a naração.No momento as histórias são apenas lidas,achei tão vago e muito distante do universo infantil.Vou contar com a ajuda de dois amigos que são artistas plásticos e me ajudaram na confecção dos materiais para desenvolver os enredos.
Pretendo levar esse trabalho para as escolas brasileiras,para os condominios onde há brasileiros morando.
o projeto inicial ainda esta sendo desenvolvido e devo concluí-lo até o final do curso de pedagogia.Pois preciso analisar as várias situações que sugiram no decorrer de cada história contada.

...aquilo que usualmente se chama de sucesso é composto de inspiração e também de muito trabalho.
(Bresser,Maria Helena)

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Um pouco da minha própria história no japão.

Já faz algum tempo que estou no japão,primeiro vim só,depois meus filhos vieram.Nesse período longo no japão conheci muitas pessoas que de alguma forma me ajudaram muito em meu crescimento como pessoa.

Postei esse vídeo pelo fato de gostar muito de passear nos parque,de alguma forma me fazem lembrar da minha região(Amazonas),o passeio é noturno,pois quase não temos tempo durante o dia para o lazer.



Atualmente ainda trabalho em um ambiente de fábrica e faço o curso da CAT virtual,a construçaõ do blog tem me proporcionado fazer uma análise da minha tragetória no japão.Já morei em vários estados e atualmente fazem cinco anos que moro em Aichi-ken Nagoya,a concentração de brasileiros nessa região e arredores é bem grande devido ao número elevado de fábricas de auto peças,eletrônicos,alimentos,peças de pachinko e outros.Meus filhos também ainda trabalham em ambientes de fábrica.Ana Paula,trabalha com alimentos em um bentoya(produção de comidas prontas),e esse ano fez sua inscrição para prestar o vestibular da CAT virtual e pretende fazer o curso de graduação em Filosofia,Luciano trabalha no setor de auto peças e tenta concluir o ensino médio através do EJA,sonha em ser músico e escritor,Içara trabalha em uma fábrica de docês(produção de sobremessas),ela também esta tentando concluir o ensino Médio e pretende fazer uma graduação pela CAT virtual enquanto estiver no japão.Luciano nunca saiu do japão,Ana e Içara sempre juntas viajaram para conhecer algumas culturas diferentes aqui mesmo na Ásia,América Central e Europa.Eu já passei também por alguns lugares e pretendo conhecer melhor o meu país e sua diversidade cultural,agora com mais ´´tempo ´´para me dedicar aos estudos e aproveitar melhor para conhecer principalmente a cultura japonesa,apesar de morar há muito tempo aqui,pouco sei sobre ela.Estou estudando japonês e pretendo fazer os testes de proeficiência do idioma.Esse final de ano eu e um grupo de amigos de Mnaus,estamos elaborando um trabalho para ser apresentado ano que vem sobre a cultura Amazônica(tema o boi-bumbá de Parintins) no festival multicultural de Aichi,que é realizado em outubro em Nagoya no espaço cultural em Sakae Oasis 21.O fórum descobrindo a história da nossa comunidade me despertou outra idéia que desejo desenvolver meu projeto de pesquisa,isso fica para depois.Agora vou retornar ao meu ainda ambiente de trabalho.
No meu atual trabalho em uma linha de montagem de TV,conheci três jovens que me foram um referencial para essa postagem.Janaína que mora a 3 anos no japão, não é descendente tem visto de conjuguê,Sandro Shimada que mora no japão há mais de 5 anos é casado com uma filipina que se chama Paula eles tem um bebê que nasce em março e Diego que também mora no japão a mais de 5 anos é casado e tem um filho.Pouco conversamos pois em linha de produção tempo é produto pronto em pouco tempo e custo baixo,mas nós sempre achamos um tempinho para trocar umas idéias,e por um momento sair do ambiente que nos torna de certa forma mecanicos.
Em uma de nossas conversas Diego,Janaína e Sandro comentam indignados:Tia(eles me chamam assim),você já reparou que nós trabalhamos mais rápido que um robô e que não podemos parar e cometer erros,do contrario somos trocados por outros que conseguem fazer o serviço sem erros e perca de tempo.
Sim,na prática vemos o que Henry Ford introduziu na indústria automobilistica (fordismo) a produção em grande quantidade de automovéis a baixo custo por meio da utilização do artifício conhecido como ´´linha de montagem´´ o qual tinha condições de fabricar um carro a cada 98 minutos no nosso caso,fazemos as tvs em 46 segundos.Ford foi muito criticado por desumanizar o homem,sofreu um dos mais famosos ataque quando Charles Chaplim realizou o filme ´´Tempos Modernos´´,fazendo com que seu personagem Carlitos sofresse uma crise nervosa ao trabalhar como autômato numa linaha de produção.Outro americano Frederick Taylor elebora a expressão teórica desse processo de trabalho,estabelecnedo parâmetros do método científico para a racionalização da produção(tailorismo)que visa o aumento da produção com economia de tempo superassão de gestos desnecessários e comportamentos supérfluos do trabalhador e para completar os japoneses acoplaram sua filosofia de gestão de qualidade o kaisen ,e que significa melhoria contínua dos processos produtivos.É por isso que temos sempre algumas pessoas nos observando ,anotando em suas pranchetas e leptop a forma como estamos trabalhando e cronometrando o nosso tempo de trabalho. Todos esses fatores tornam o nosso dia -a- dia bem estressante e cansativo,ao final do dia só queremos ir para casa e descansar em meio a tanta correria e agitação,muitos ainda tentam levar uma vida normal e conciliar familia,trabalho e estudos.
É por isso,que as empresas japonesas preferem ter a ajuda das empreiteiras para intermediar entre o operáio nikkei e empresa,eles não precisam ter preocupações sociais com seus funcionários,e para eles os nikkeis estão aqui apenas para trabalhar ou seja,produzir.
Graças ao retorno aos estudos estou tendo oprtunidade de ampliar meus conhecimentos e relacioná-los com meu dia-a-dia ,começo a não aceitar tudo como um procedimento normal,percebo a importância de conhecer essa cultura milenar,principalmente seu idioma e de me conhecer também como brasileira,não esquecendo os meus valores,as minhas tradições a minha cultura,para assim poder haver um diálogo entre as diversidades e complexidade que aqui existem .Do contrario posso ser sugado por esse sistema de produção e tornar-me realmente desumanizado,só pensando em trabalho,trabalho e consumo.

Fonte:
UEA Planejamento e Avaliação unidade I (CAT virtual)
Wikipédia

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Aqui em Achi-Ken há uma infraestrutura de empresas bem dinâmica voltada para o público dekassegui,fundadas na maioria dos casos,por ex-operários.O setor com a maior concentração de empresas é o setor de ´´empreiteiras´´,só em Aichi-ken existem mais de 90 empreiteiras;6 clínicas dentárias;25 lojas que incluem produtos brasileiros e eletrônicos para exportação;2 bancos(Banco do Brasil e itaú) ;15restaurantes que servem comidas brasileiras;22 órgãos governamentais e 2 órgãos não governamentais.
Fonte: http://www.pref.aichi.jp/global/pt/
Mas com a crise em alta muitos problemas vem tornando-se um pesadelo para muitos dekkasegueis.





Para a maioria dos brasileiros que aqui moram e trabalham,as empreiteiras são empresas que ajudam os nikkeis brasileiros a conseguirem de forma mais rápida serviço junto aos empregadores japonese sem muita burocracia.Segundo muitos acreditavam,até a crise economica estourar,que:
A contratação direta com as empresas era díficil,pois havia o problema da língua e cultura.As empreiteiras vinham preencher essa lacuna.E,esse preenchimento de lacuna nos acomodou,principalmente no aprendizado do idioma japonês e a não procurar entender como funcionam as leis e o sistema social do país,pois,as empreiteiras sempre com ´´boas intenções em querer nos ajudar´´,nos protegeram contra as grandes cobranças do sistema social do país. Concerteza,hoje muitos nikkeis já perceberam que as empreiteiras apenas agenciam os empregos e tiram toda a responsabilidade social do empregador com o empregado.
Há um provérbio japonês que diz:
´´...As leis são bondosas com as pessoas que as conhecem e,para aquelas que não as conhece é dura.

Mudança na lei das empreiteiras.
O atual partido governista(PD) é contrário à alocação de trabalhadores para o setor manufatureiro ou seja,que as empreiteiras façam alocação de mão-de-obra para indústria automobilistica,eletrônica,alimentícia e etc...
Aqui,a nossa comunidade vive a sombra das Empreiteiras,pois elas sobrevivem da força do nosso trabalho.É mais comodo deixar que as empreiteiras façam todos os tramites burocraticos e nós,apenas assinamos os contratos de trabalho que perante ao Ministério do Trabalho não tem valor júridico é a penas um contrato de locação de mão-de-obra.Com a pressão e a fiscalização do poder publico que vem sofrendo as empreiteiras,muitas já estão pagando o Seguro Social(Shakai Hoken)para os seus funcionários,ou seja,as empreiteiras pagam uma parte e o funcionário paga o restante.Outro tipo de seguro de saúde que esta sendo obrigatório todo estrangeiro que tem visto de trabalho a pagar é o Kokumim kemko Hoken(Seguro de saúde municipal)e o imposto cidadão,quem não pagar está sujeito a perca da renovação do visto de trabalho,esse intem virou lei e vigora a partir de abril de 2010.


HATOYAMA DIZ QUE O JAPÃO DEVERIA ACOLHER IMIGRANTES


Segundo ele, o Japão deveria tornar-se atraente aos estrangeiros
O primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, disse, sábado 14, que o país deveria tornar-se mais atraente aos migrantes, uma vez que enfrenta problemas de enevelhecimento da população e baixas taxas de natalidade.

O premiê disse que, além de adotar políticas pró-família, o Japão deveria encorajar os migrantes a viverem no país.

Segundo ele, o governo deve melhorar, primeiro, o apoio à educação das crianças ao oferecer incentivos financeiros às famílias e, depois, pensar na imigração como opção à taxa de natalidade baixa.


Fonte: Gambare

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A educação não provém apenas de instruções.

Não podemos inventar transformações sociais de qualquer maneira.
Transformação Social é o resultado de uma etratégia complexa,avassaladora,mas que encontra,na educação e na ciência,seu móvel principal.
Em nosso mundo-cada vez mais barbaramente capitalista-os benefícios da educação,do progresso científico e do progresso tecnológico estão cada vez mais distantes de um número proporcionalmente maior de seres humanos.

KRISHNA, V.V. Uma ciência para os cidadãos. Caderno Unesco, FGV: São Paulo, jul. 1999.

No japão as escolas brasileiras tentam sobreviver em meio a crise econômica.
Qual é a solução para as escolas brasileiras?

Achei interessante essa reportagem e estou postando como parte do meu trabalho,a reportagem é de Priscila Hayashi,de Nagoya-Revista alternativa Nishi que circula mensalmente em nosssa comunidade.
http://www.alternativa.co.jp

Após um ano desde o início da crise que atingiu as escolas brasileiras,o setor quer levantar propostas de melhoria e de sobrevivência das instituições de ensino.

Cada diretor(das escolas)deveria pensar nas crianças como se fossem seus filhos!Talvez teríamos mais qualidade no ensino.Emocionada, a professora Massami Matsumoto,diretora do Colégio Mundo de Alegria,primeira escola latina a tornar-se Kakusho Gakkoo(Miscellaneous school-reconhecida como instituição de ensino técnico ou vocacional que recebe benefícios como isenção de alguns impostos e passe escolar para os alunos),criticou a atuação dos pais e dos adultos-diretores,governos e autoridades- responsáveis direta ou indiretamente pela educação das crianças estrangeiras.
Além da professora Matsumoto,Angelo Nishi,jornalista,sociólogo e professor da Universidade Musashi de Tóquio,Lilan Hatano,professora adjunta da Konan Women´sUniversity e integrante da Rede de Apoio às Escolas Estrangeiras e Étnicas,Daisuke Onuki,professor da Tokai University,Hiroshi Tanaka,ex-professor da Universidade de Kyoto,Professor Emérito da Hitotsubashi University e membro da Rede de Apoio às Escolas Estrangeiras e Toshio Shibasaki,da empresa que faz doações para cerca de 30 instituições de ensino,Mitsui& Co.,apresentaram ao público sua visão do atual cenário da educação brasileira no japão e possíveis propostas de melhorias no Simpósio realizado pela Associação das Escolas Brasileiras no Japão(AEBJ)no dia 26 de setembro em Nagoya (Aichi).
Durante todo o dia,diretores e professores de escolas brasileiras de todo o país,trocaram pontos de vistas e experiências sobre o problema da escassez de alunos em virtude do desemprego dos pais brasileiros.O encontro trouxe à tona a questão de que apesar dos mais de dez anos de existência e das conquistas das escolas,ainda há muito o que fazer pela melhoria do setor.

Situação atual das escolas brasileiras.
-Alunos em escolas brasileiras:passou de 11 mil em 2007 para 2600 em 2009;
-Número de escolas:88;
-6 escolas são consideradas Kakushu gakkoo;
- 53 são homologadas pelo MEC;
- 11 estão em processo de homologação;
- 15 ainda não solicitaram a homologação.

Fonte: Dados da Embaixada do Brasil e AEBJ.Governo japonês e a Secretaria da Educação não tem como quantificar o número de alunos em escolas brasileiras,assim como não tem dados com relação à evasõa escolar.

Principais solicitações elaboradas pelos participantes.
-Realização do ENEN(Exame Nacional do Ensino Médio)no japão para alunos de escolas brasileiras que desejam cursar o Ensino Superior no Brasil ou a distância;
- Realização do Censo Escolar no japão;
- Palestras,workshops e cursos de reciclagem para os professores de escolas brasileiras;
- Mais rigidez na fiscalização de escolas que receberam a homologação do MEC;
- Instrução e direito ao acesso a escolas especializadas para crinças deficientes.


´´O Conhecimento só se diz verdadeiro enquanto exprime conformidade com a realidade.
Falso,porém,enquanto apresemta discordância com esta realidade´´.
(Aristóteles)

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O conflitos e angustias vividos pelas familias no japão e ao retornarem para o Brasil.

Foi em 1990 que o número de nikkeis aumentou em grande escala,devido a modificação parcial da lei referente à entrada de estrangeiros e refugiados no japão.Esta modificação facilitou a entrada de nikkeis de segunda e terceira geração no japão,atualmente,segundo fontes do Ministério da justiça do japão, a comunidade brasileira e o terceiro maior contigente de estrangeiros em território japonês.Muitos que permanecem até hoje,vieram para cá com a intenção de ficar de 3 a 5 anos e com sua estadia prolongada o problema de adaptação ao trabalho foi sendo somado a adaptação na sociedade japonesa,não só como trabalhador estrangeiro mais como um residente estrangeiro no japão,pois muitos vieram com suas famílias e os filhos em idade escolar,fazendo com que os problemas de adaptação social enfrentados ficassem mais diversificados e complexos.

Devido às condições de trabalho e moradia a nossa comunidade trabalha e vive em ambiente com grande concentração de nikkeis brasileiros e de outros países da América Latina,dificultando a nossa convivência com outros japoneses e também com a sociedade japonesa como um todo.Em Aichi-ken há muitos condomínios com grande concentração de brasileiros,alguns são conhecidos positivamente pelos eventos que a comunidade participa e organiza durante os festivais locais,mais na maioria das vezes são conhecidos negativamente devido o aumento de conflitos entre brasileiros e japoneses.Apesar de estarmos no japão,nos nikkeis mal aprendemos a falar o idioma japonês,isto porque em nosso ambiente de trabalho e moradia não é necessário dominar o japonês com fluência,há sempre um tradutor(que é pago pela empreiteiras)para intermediar o diálogo entre o empregador e o empregado.

Fotos de alguns eventos organizados por nossa comunidade onde tentam mostrar um pouco da nossa cultura para a comunidade japonesa nos festivais locais e o vídeo da associação Brasil Fureai.




Watch Video Intitucional da Brasil Fureai in People & Blogs View More Free Videos Online at Veoh.com



Com o agravamento da crise muitos brasileiros retornam ao brasil,pois sem emprego e moradia fica impossível permanecer no japão.Aconteceram vários casos de familias que tiveram que deixar o local onde moravam,pois eram locados pelas empreiteiras e sem trabalho não teriam como pagar os aluguéis.













´´A cada época,a educação adequoou-se a seu tempo,à médida que novas exigências foram-se impondo no cenário da vida social.
Contudo,ela nunca conseguiu dar conta das reais necessidades sociais devido a pessões culturais e ideológicas que atravessam o seu tempo.
Cada época formata o conhecimento,procurando atender às necessidades próprias de cada período histórico.
Cada época deveria ajustar a educação,adequando-a às novas exigências sociais.
Apesar desses ajustes,que constituem um lento processo-marcado por resistência à mudança-a educação nunca conseguiu...
...dar conta das reais necessidades sociais devido a pressões culturais e ideologicas que perduram no tempo.
...tornar todos os cidadãos nos limites das possibilidades de cada um -plenamente participantes das comunidades em que estão inseridos´´.

Fonte:

PLONSKI, Guilherme Ary. Questões tecnológicas na sociedade do (des)conhecimento. Disponível em: . Acesso em: 07 out. 2005.




domingo, 22 de novembro de 2009

Tanto o conhecimento quanto o saber,são produtos do homem.

Como seres pensantes,o conhecimento.Como seres sociais o saber. O conhecimento é individual.O saber é coletivo. A posse do conhecimento é voluntária.A posse do saber depende de processos formais de ensino.
Como seres pensantes:
.somos instigados por nossa curiosidade;
.buscamos melhor compreender a realidade;
.somos tentados,a partir de nosso conhecimento,a transformar a realidade;
Como seres Sociais:
.utilizamos o saber para modelar nossa realidade;
.priorizamos saberes em função de nossos interesses;
.selecionamos os conhecimentos que devem ser transformados em saber.

Aqui em Nagoya exitem várias escolas que oferecem cursos livres com aulas presenciais e a distância,cursos de graduação e Pós-graduação para a comunidade brasileira,os principais cursos livres oferecidos são na área de massagem e estética,há também cursos de informática e serviços especializados e no sistema de estudo a distância tem o EJA Supletivo Ensino Fundamental e Médio Educação de Jovens e adultos na modalidade presencial ou a distância.O Polo da UCB Virtual,Polo da Faculdade AIEC,Polo da UNIP e outros. Vou apresentar as quatro escolas que conheço,na IMEC e na ATEC faço cursos.
IMEC http://imec.clicksjp.com/modules/myalbum/viewcat.php?num=10&cid=1
faço massagem terapêutica e feflexologia dos pés;












Na ATEC
http://www.atecjapan.com/ (Aichi Tecnologia e Education center) faço digitação e básico de informática e pretendo fazer outros cursos.









No colegio Brasil Japão http://www.colegiobrasiljapao.com/ meu filho Luciano estuda o supletivo na modalidade a distância.Luciano veio para o japão com 17 anos e estava no segundo ano do Ensino Médio,o combinado seria ele ficar só um ano e logo retornaria,mas agora seu regresso não depende só de sua vontade,ele convive com uma japonesa e a filha do casal vai nascer no próximo mês.Ele sempre reclama de falta de tempo para estudar e já pensou em desistir várias vezes,reforço que:não é facil e o retorno aos estudos é a esperança de um futuro melhor e essa formação irá fazer uma grande diferença em sua caminhada,principalmente como pai.
DE volta á sala de aula
.Impulsionados pelo cenário econômico atual,brasileiros encaram o desafio de voltar a estudar e falam de suas dificuldades e conquistas.
Fábio Takaki,21 anos,de Inazawa(Aichi)está no Japão desde os seis anos de idade.ele não chegou a terminar o primeiro ano do Ensino Fundamental no Brasil e passou cinco anos em escolas públicas japonesas tentando aprender o idioma.Para ele,a grande dificuldade de voltar a encarrar um livro didático é a pressão vinda da família...Para meu pai,a gente está aqui para juntar dinheiro e ele acha que devo mais é trabalhar,comprar uma casa e ter uma vida tranquila,ainda mais agora que tenho uma filha para sustentar´´,conta Fábio. Priscila Nakahara Pereira tem 30 anos e mora com o marido e as duas filhas,também em Inazawa.Sua familia decidiu vir para o japão quando ela cursava o Ensino Médio.Chegando aqui,decidiu ficar até juntar dinheiro para comprar um carro no Brasil,mas acabou permanecendo no país até hoje.Priscila conta que desde que voltou a estudar,briga consigo mesma para conseguir se concentrar por mais de 30 minutos e tempo para as leituras. Para o professor e idealizador do projeto EJA,Carlos Shinoda,é comum que o aluno que passou muito tempo sem estudar tenha dificuldades no início,´´É preciso ter muito mais que disciplina para prosseguir um curso de supletivo a distância´´.afirma o educador. Fonte:
(Pricila hayashi,de Nagoya-Revista alternativa Nishi) http://www.alternativa.co.jp/


Na UCB faço o curso de pedagogia,o Pólo da UCB virtual está presente há 4 anos no Japão e tem um número significativo de alunos.
http://www.catolicavirtual.br/. Exame Supletivo em Nagoya

Esse ano os alunos do Pólo Japão dos cursos de Ciências Humanas,Pedagogia e PROFORM participaram como Aplicador de prova do exame supletivo,o Pólo fechou acordo com os organizadores do Exame Supletivo no Japão,por estar ciente e buscar novas opções para a realização das atividades extra curriculares dos alunos e incentivar a participação ativa nos trabalhos desenvolvidos dentro da comunidade.
O exame supletivo ocorre no Japão desde 2000 e serve para certificar jovens e adultos que ainda não concluíram o ensino fundamental ou médio.
Nesse ano, cerca de 2500 pessoas se escreverão, sendo a maioria visando a certificação no ensino médio. Outras informações, poderão ser conferias no edital do exame: http://www.diaadia.pr.gov.br/ceja/arquivos/File/Exames/Edital60-GS-Ex_Ext_re.pdf ,o exame foi realizado em Nagoya no dia 25 de outubro com participação da grande maioria dos inscritos,muitos vieram das cidades vizinhas a Aichi-ken e outros,da região sul do Japão levando em média de 2h a 4h de trem bala para chegar até o local das provas.
Nagoya: http://www.brasemb.or.jp/portugues/community/aichi.html

Ao longo de nossas vidas,adquirimos e acumulamos,assistemáticamente conhecimentos sobre o mundo que nos cerca. Por meio desse conhecimento,o conhecimento empírico,tentamos compreender os seres e os fenômenos que constituem nossa realidade. A partir desse conhecimento empírico... .temos consciência de nós mesmos; .incorporamos a experiência do outro; .identificamos nossas idéias entre várias outras; .reconhecemos aqueles com quem convivemos; .aprendemos o conhecimento produzido por outras gerações; Incorporamos ao acaso esse conhecimento a nosso cotidiano... ...tanto a partir das experiências que vivemos quanto daquelas que nos são transmitidas por outras pessoas. A partir do conhecimento científico: ...ampliamos ou desfazemos verdades por meio da comprovação direta dos fatos... ...fragmentamos o real para compreendermos a função de cada um de seus constituintes... ...buscamos,por meio de confrontação,descrever a realidade para podermos agir sobre ela... ...preocupamo-nos em explicar porquês e comos na tentativa de melhorarmos as condições da vida humana. Fonte: http://www.redebrasil.tv.br/salto/boletins2002/cre/index.htm


PLONSKI, Guilherme Ary. Questões tecnológicas na sociedade do (des)conhecimento. Disponível em: . Acesso em: 07 out. 2005.

Um pouco sobre a história de Ricardo,um brasileiro que mora no japão há alguns anos.

Ricardo veio para o Japão a sete anos atrás, com a intenção de conhecer a terra de seu pai a principio iria passar 6 meses .Ricardo tem formação superior em Engenharia de Minas (especializado em explosivo).Ele trabalhava em um escritório de uma empreiteira(empresas responsáveis por serviços terceirizados,cuidam de linhas produção e dão assistência aos seus funcionários) e devido a crise foi demitido em novembro de 2008,após a demissão foi procurar capacitar-se através de cursos oferecidos pela HELLO WORK ,esse órgão é vinculado ao Ministério do Trabalho e tem como função ,oferecer empregos e pagamento de seguro desemprego,ele fez o curso de empilhadeira guindaste.Quando Ricardo foi fazer uma procura de emprego na HELLO WORK foi oferecido um emprego como tradutor na própria instituição.Esta vaga surgiu devido a grande demanda de brasileiros recebendo seguro desemprego.O contrato era de apenas 3 meses e nesse período ,Ricardo fez paralelamente um curso de massagem noções básicas na escola IMEC(Escola de massagem que desenvolve a medicina chinesa e esta filiada a Universidade Meijin da China),pois pretendia trabalhar após o termino do contrato como massagista,felizmente o contrato foi renovado até março de 2010.
Ricardo comentou que:
No final do ano de 2008 surgiram na Hello Work (em algumas da região de Aichi-ken) cursos específicos para Latinos.
-Ceramista da INAX (,A INAX Japão é o principal fabricante de telhas, materiais de construção, equipamentos sanitários para residências, estabelecimentos comerciais e instalações de edifícios públicos), que capacita para a função de azulejista ;
-Curso de formação em operador de empilhadeira ;noções de informática e japonês.O curso de japonês é um curso preparatório para Reintegração ao Trabalho para Nikkeis ,realizado pelo Centro de Cooperação Internacional do Japão,por delegação do Ministério da Saúde,Trabalho e Bem Estar Social.
-Curso de Home Helper que consiste em um treinamento de primeiros socorros e noções básicas para cuidar de idosos, o aluno que tiver um bom aproveitamento durante o curso, recebe uma carteira de Helper é poderá trabalhar em casas de repouso para idosos e prestar atendimento em domicilio.
Há outros cursos que permite a participação de brasileiros mas o processo seletivo torna-se mais exigente pois,irá concorrer com candidatos japoneses,e o idioma japonês tem um peso considerável tanto na escrita como na leitura.Vários desses cursos permite que o estudante continue recebendo o seguro desemprego ,e,aqueles que não estão recebendo seguro desemprego ,podem receber um subsídio isto é,se o candidato cumprir determinados requisitos que a Hello Work exige.
No caso do trabalhador Sul-Americano a Hello Work oferece um valor de ¥ 300,000 mil ienes,do qual será descontado a passagem e o restante será depositado em uma conta no Brasil no prazo de 30 a 40 dias,após o desembarque no Brasil.Ao requerer esse subsidio a pessoa perde o atual visto podendo requerê-lo novamente após três anos,o qual poderá ser concedido novamente ou não.E para cada dependente (filhos menores,pais,sogra,sogro )que for retornar ao Brasil com o requerente recebe a quantia de ¥ 200,000 mil ienes. Além disso,se a pessoa estiver recebendo o seguro desemprego,ela poderá receber uma bonificação equivalente a ¥ 100,000 ou até ¥ 200,000 ienes,por estar retornando ao seu país de origem.
Para as pessoas que estão sem moradia ou que tenham que desocupar o apartamento e estejam desempregados ,elas podem conseguir o apartamento por preços simbólicos ou ainda conseguir um empréstimo junto ao Banco de Crédito do Trabalhador(intermediado pela Hello Work).O prazo para se quitar o empréstimo é de 5 a 10 anos e, em determinados casos ,se a pessoa conseguir um emprego antes de seis meses e que contribua com o seguro desemprego,ela receberá um desconto sobre o valor do empréstimo em torno de 50%.
Devido a Crise,em caráter emergencial o governo prorrogou por mais dois meses o pagamento do seguro desemprego,para aqueles que foram demitidos.Foram também criados empregos emergenciais ,tais como;jardinagem,limpeza de parques públicos,tradutores e outros.
Os linkes anexados são dos orgãos que prestam assistencia aos estrangeiros e alguns especificos para Latinos.

http://www.nic-nagoya.or.jp/portugues/trabalhadores_estrangeiros/hellowork.htm
http://www.ipcdigital.com/br/Noticias/Comunidade/Shizuoka/Hello-Work-divulga-detalhes-do-programa-de-ajuda-a-nikkeis
http://www2.aichi-rodo.go.jp/~a_gaikokujin/panfu.pdfhttp://www2.aichi-rodo.go.jp/gaikokujin/pt/portugues.html

Atualmente Ricardo presta atendimento em domicilio de massagem Trapêutica e Podo reflexologia nos seus dias de folga,tanto para brasileiros como para japoneses.